Você já reparou como uma criança pequena aprende com o corpo inteiro?

Ao engatinhar, correr ou simplesmente carregar um baldinho de areia, ela está desenvolvendo muito mais do que músculos - está construindo conexões, entendendo o mundo e, acima de tudo, conhecendo a si mesma.

É exatamente nesse ponto que entra a psicomotricidade: um conceito essencial para a infância e que ocupa um lugar de destaque na Educação Montessori.

O que é psicomotricidade?

Psicomotricidade refere-se à integração do desenvolvimento psíquico (emocional e cognitivo) com o motor.

Em palavras simples, é a ciência que estuda como a criança se expressa, aprende e se desenvolve por meio dos movimentos do corpo. É pelo corpo que ela descobre, experimenta, comunica e cria.

Nos primeiros anos de vida, especialmente de 0 a 6 anos, o movimento é a principal forma de aprendizagem e interação com o mundo. Antes mesmo das palavras, é o corpo que fala.

Por que isso importa tanto na infância?

Maria Montessori já dizia: “o desenvolvimento da mente vem através do movimento.”

E a ciência confirma: quanto mais a criança se movimenta livremente, mais ela fortalece a atenção, a memória, a autoestima e a coordenação -capacidades fundamentais para o aprendizado futuro.

Ao pular, equilibrar-se, carregar objetos ou participar de uma roda musical, a criança está desenvolvendo habilidades motoras e emocionais, além de percepção espacial e lateralidade.

O desenvolvimento psicomotor equilibrado nos primeiros anos cria bases sólidas para todo o aprendizado posterior, além de contribuir para que a criança conheça seu próprio corpo e ganhe autonomia e autoestima ao superar desafios físicos.

Psicomotricidade no método Montessori

Na Educação Montessori, o movimento é parte natural do aprendizado. As salas são organizadas para permitir liberdade com responsabilidade: móveis baixos, espaços amplos, materiais acessíveis e convites constantes à ação consciente.

Cada atividade, por mais simples que pareça, tem um propósito profundo:

• Na Vida Prática, a criança aprende a cuidar de si mesma e do ambiente: rega uma planta, varre o chão, despeja água sem derramar. Todas essas atividades, além de promoverem independência e autoestima, exercitam a coordenação motora fina (mãos e dedos) e grossa (movimentos amplos do corpo) de forma integrada ao dia a dia.
• Com os Materiais Sensoriais, ao encaixar cilindros nos espaços correspondentes com a “pinça” dos dedos ou montar a Torre Rosa, por exemplo, ela está trabalhando a coordenação olho-mão, a destreza manual e a percepção visual, ao mesmo tempo em que educa os sentidos e o intelecto. Os materiais sensoriais convidam à repetição e à autocorreção, o que favorece a concentração e a memória muscular. Tudo isso são aspectos psicomotores importantes: o corpo também pensa.
• Ao percorrer circuitos motores ou andar sobre uma linha no chão, ela trabalha equilíbrio, ritmo, foco e controle do próprio corpo. Essas experiências também ensinam a persistir após eventuais falhas (se a criança cai ou se desequilibra, tenta de novo), fomentando resiliência emocional.
• Nas rodas de música e nas danças livres, a psicomotricidade aparece com ainda mais cor: ritmo, expressão, linguagem e emoção se misturam em momentos de encantamento e aprendizado coletivo.

E, claro, há o tempo ao ar livre, essencial no cotidiano montessoriano. No contato com a natureza, a criança corre, sobe, observa, sente. Explora com o corpo inteiro. Fortalece vínculos com o mundo - e com ela mesma.

E na Meimei Escola?

Na Meimei, tudo isso ganha vida com afeto e intencionalidade. A psicomotricidade está presente no dia a dia, integrada às práticas e respeitando o tempo de cada criança. Não há pressa. Há propósito.

Aqui, o movimento não é um “intervalo” entre os aprendizados: ele é o próprio caminho para aprender.

Agende uma visita à Meimei e conheça de perto como o movimento pode transformar a infância em uma jornada de descobertas e desenvolvimento pleno.

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