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O que a neurociência tem a dizer sobre os materiais Montessori?

Meimei Escola
Sep 19, 2025

Cada material que a criança escolhe no ambiente Montessoir, toca, compara e repete tem um papel claro na construção do pensamento. E hoje, mais de um século depois de Maria Montessori criar seus primeiros materiais, a neurociência confirma aquilo que ela já intuía.

Vamos entender por quê?

1. Neuroplasticidade e aprendizagem ativa

Os materiais sensoriais Montessori (como a torre rosa, os cilindros, as caixas de cor) envolvem tato, visão, movimento e concentração. Essa ativação multissensorial estimula a neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de criar e reforçar conexões neurais.

Quanto mais sentidos envolvidos, mais forte é a aprendizagem.

2. Sistema sensório-motor como base da cognição

Antes de entender conceitos abstratos, a criança precisa vivenciá-los com o corpo. Ao manusear formas, comparar tamanhos e sentir texturas, ela está ativando as mesmas áreas cerebrais que serão usadas, no futuro, para ler, escrever e pensar matematicamente.

Montessori chamava isso de "educação dos sentidos". A neurociência chama de aprendizagem incorporada.

3. Funções executivas em formação

Muitos materiais Montessori são autocorretivos: a criança percebe sozinha se errou. Isso estimula a atenção sustentada, a memória de trabalho e o controle inibitório — as três principais funções executivas do cérebro.

Essas funções são essenciais para o sucesso escolar, emocional e social.

4. Períodos sensíveis e poda neural

Montessori observou que há fases em que a criança se interessa profundamente por certos tipos de aprendizado. Hoje, sabemos que esses são momentos de alta plasticidade neural: o cérebro fortalece sinapses muito usadas e elimina as que não são.

Oferecer materiais sensoriais adequados nesses períodos é aproveitar o potencial máximo do desenvolvimento cerebral.

5. Regulação emocional e previsibilidade

A organização do ambiente Montessori, somada à clareza dos materiais, ajuda a criança a se sentir segura. A repetição e a ordem fortalecem a conexão entre o córtex pré-frontal (razão) e a amígdala (emoção).

Resultado? Mais autonomia emocional e capacidade de lidar com desafios.

Em resumo:

Os materiais Montessori não são didáticos no sentido tradicional. Eles não "ensinam". Eles permitem que a criança descubra.

E essa descoberta ativa o cérebro de forma profunda, estruturada e cientificamente validada.

Na Meimei, isso não é novidade. Há mais de 45 anos, acompanhamos de perto o poder transformador desse trabalho silencioso — e essencial — que é o desenvolvimento da infância.

A melhor forma de entender o Montessori é vivendo a experiência. Agende sua visita e venha nos conhecer.

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