Quando você viu o vídeo da Meimei, talvez tenha se surpreendido: "Mas não era uma brincadeira?" Na verdade, não. No ambiente Montessori, aquilo se chama trabalho — e não à toa.
Cada material que a criança escolhe, toca, compara e repete tem um papel claro na construção do pensamento. E hoje, mais de um século depois de Maria Montessori criar seus primeiros materiais, a neurociência confirma aquilo que ela já intuía.
Vamos entender por quê?
Os materiais sensoriais Montessori (como a torre rosa, os cilindros, as caixas de cor) envolvem tato, visão, movimento e concentração. Essa ativação multissensorial estimula a neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de criar e reforçar conexões neurais.
Quanto mais sentidos envolvidos, mais forte é a aprendizagem.
Antes de entender conceitos abstratos, a criança precisa vivenciá-los com o corpo. Ao manusear formas, comparar tamanhos e sentir texturas, ela está ativando as mesmas áreas cerebrais que serão usadas, no futuro, para ler, escrever e pensar matematicamente.
Montessori chamava isso de "educação dos sentidos". A neurociência chama de aprendizagem incorporada.
Muitos materiais Montessori são autocorretivos: a criança percebe sozinha se errou. Isso estimula a atenção sustentada, a memória de trabalho e o controle inibitório — as três principais funções executivas do cérebro.
Essas funções são essenciais para o sucesso escolar, emocional e social.
Montessori observou que há fases em que a criança se interessa profundamente por certos tipos de aprendizado. Hoje, sabemos que esses são momentos de alta plasticidade neural: o cérebro fortalece sinapses muito usadas e elimina as que não são.
Oferecer materiais sensoriais adequados nesses períodos é aproveitar o potencial máximo do desenvolvimento cerebral.
A organização do ambiente Montessori, somada à clareza dos materiais, ajuda a criança a se sentir segura. A repetição e a ordem fortalecem a conexão entre o córtex pré-frontal (razão) e a amígdala (emoção).
Resultado? Mais autonomia emocional e capacidade de lidar com desafios.
Os materiais Montessori não são didáticos no sentido tradicional. Eles não "ensinam". Eles permitem que a criança descubra.
E essa descoberta ativa o cérebro de forma profunda, estruturada e cientificamente validada.
Na Meimei, isso não é novidade. Há mais de 45 anos, acompanhamos de perto o poder transformador desse trabalho silencioso — e essencial — que é o desenvolvimento da infância.
A melhor forma de entender o Montessori é vivendo a experiência. Agende sua visita e venha nos conhecer.
Há quase 5 décadas, formamos alunos atrás do ensino Montessori, estimulando a independência, a liberdade e as vivências rotineiras na sociedade.